Acesse o Portal CIIC

Irmã Gertrudes: amor e acolhimento aos peregrinos de Santa Paulina

Foto: Lorena Polli

Irmã Gertrudes Cadorin, Irmãzinha da Imaculada Conceição, trabalhou por mais de 15 anos no Santuário Santa Paulina. Durante todo esse tempo, atuou com muito amor e dedicação na acolhida e escuta de milhares de peregrinos. Hoje, dia 23 de abril, aos 90 anos de vida e 65 de Consagração Religiosa, partiu para a Casa do Pai, junto de Santa Paulina, de quem falava com tanto orgulho e convicção!

As Irmãs, Padres, colaboradores e colaboradoras do Santuário, lamentaram o falecimento da Irmã Gertrudes e enviaram condolências para toda a Congregação e parentes. “Sentimos muito o falecimento da Irmã Gertrudes. Ela foi uma pessoa muito iluminada e dedicada a Deus e no amor as pessoas.  Era uma presença de esperança, com uma palavra de conforto a milhares de devotos/as que a ela se aproximavam. A conheci, quando entrei na Congregação e foi minha formadora, que me ajudou a firmar minha vocação no seguimento a Jesus. Nossa profunda gratidão pelo seu testemunho vida e missão. Que ela, junto com Santa Paulina, olhe por todos nós, neste momento de dor e incertezas!”, destaca Irmã Anna Tomelin, diretora do Santuário.

O período que a Irmã morou em Vígolo, Nova Trento/SC, foi muito importante, pois vivenciou a beatificação, a canonização e a construção do Santuário Santa Paulina. Nos que trabalhou no Santuário, Ir. Gertrudes, vivenciou bonitas experiências de histórias de fé e devoção.  Nos últimos anos da sua vida, morava na Casa de Oração Madre Paulina, no centro de Nova Trento/SC.

Em entrevista para o Santuário Santa Paulina, em 2017, contou uma de suas experiências mais marcantes e, claro, sempre discorria com muito amor e carinho para todos que conhecia: “Eu sempre dizia, dá um tijolinho para a construção do Santuário, tinha gente que dava cinco, dois reais. Quando iniciamos a campanha do “tijolinho” chegou um senhor muito pobre, até mim, na Sacristia da Capela da Nossa Senhora de Lourdes, onde eu atuava. Ele carregava dois tijolos na mão e me disse: ‘Irmã, graças a Deus, consegui trazer dois tijolos ao invés de um’. Naquele momento eu fiquei muito emocionada, agradecida e juntos fizemos uma oração, eu praticamente chorando de emoção e ele perguntou o que estava acontecendo, eu respondi para ele: ‘o senhor foi muito generoso, o senhor é pobre, tem família, mas o senhor trouxe dois tijolos’. Esses dois tijolos eu guardei em um cantinho, até começar a obra do Santuário. Esse testemunho foi um testemunho simples de uma pessoa pobre, mas fez o máximo para ajudar na construção do Santuário. A partir deste fato me dei conta de que projeto então estava só no início.’’

Muitos peregrinos conheceram a história de Santa Paulina através da Irmã Gertrudes, como foi o caso do Padre Aldo Lisboa, Capelão Especial do Santuário. “Sempre cito Irmã Gertrudes, quando falo de Santa Paulina. Se hoje eu conheço nossa querida Santa é graças a ela. Desde minha infância, quando vinha à Capela Nossa Senhora de Lourdes, conheci a Irmã e ela contava a história da primeira Santa do Brasil e de todo esse complexo. Ela atendia com muito carinho todos os peregrinos. Tenho certeza que ela ajudou muita gente a conhecer nossa querida Santa Paulina”, afirma Padre Aldo Lisboa.