O Santuário Santa Paulina tem mais de 30 pontos de visitação. São locais de oração, contemplação, meditação, mas também de reflexão sobre a vida e a obra de Santa Paulina.
Marco do Milênio
Para marcar a passagem do II Milênio do nascimento do Salvador, surgiu o projeto de construir um monumento em forma de um grande bolo com símbolos natalinos. A construção, que já era uma ideia antiga, foi realizada em dois meses, começando em 4 de novembro de 2000 e concluída a tempo para a inauguração em 23 de dezembro de 2000.
Descrição:
O monumento tem 15 metros de altura e quatro patamares. Na base principal, há uma gruta com um presépio de figuras em tamanho natural. Em dois patamares, estão figuras de anjos de 2,8 metros de altura, com asas estendidas e cornetas, anunciando o nascimento de Jesus. Na base, há um painel alusivo ao Ano Jubilar. No último patamar, há um sino de vento encimado por uma estrela de 4 metros.
Inauguração:
O Marco do Milênio foi inaugurado na noite de 23 de dezembro de 2000, após a missa vespertina de sábado, com a presença do povo de Vígolo e arredores.
Recanto Anjo da Guarda
Em 1997, um recanto abandonado ao pé da colina do Calvário começou a ser transformado. Foram construídos um muro de pedras, duas pontes, uma cascata, uma piscina, cercas e uma capelinha.
Em 9 de julho de 1999, durante a festa litúrgica da Bem-Aventurada Madre Paulina, o local foi inaugurado com a presença de alunos das escolas locais. Após uma missa festiva, Dom Vito Schilickmann abençoou o recanto, que se tornou Recanto Anjo da Guarda.
A capelinha possui um anjo protetor, e o local foi dedicado às crianças, simbolizando alegria e felicidade. Uma figueira foi plantada em honra de Nossa Senhora do Moinho, marcando o fim do século e a entrada no Jubileu do ano 2000.
Calvário
O “Calvário” é um local onde peregrinos contemplam o mistério da salvação. Desde 1997, estátuas do Crucificado, da Virgem Dolorosa, de São João Evangelista e Maria Madalena aguardavam um local apropriado.
Com a aquisição de terras, uma colina foi escolhida para o monumento. Em 1999, durante a Quaresma, a comunidade começou a preparar o local, realizando celebrações penitenciais. Peregrinos subiam a colina aos domingos, carregando pedras simbolizando o mal do mundo. As estátuas foram erguidas e a cruz concretada.
Na Sexta-feira Santa de 1999, o Crucificado foi transportado em uma Via-Sacra emocionante. Melhorias no local continuaram, incluindo escadarias e estações da Via-Sacra. O Cristo de braços abertos na colina simboliza o amor de Deus e a redenção.
Capela Nossa Senhora da Paz
Em 31 de maio de 1998, durante a festa de Pentecoste e Visitação de Maria, foi inaugurada a “Vereda da Paz”, um caminho que leva a uma capela Nossa Senhora da Paz. A inauguração contou com muitos devotos que, carregando rosas-brancas, participaram de uma caminhada com orações e cantos. Padre Pedro José Kohler abençoou o oratório, onde Nossa Senhora apresenta Jesus como o príncipe da paz.
O local, adornado com flores brancas, rapidamente se tornou um ponto de visitação pública, onde os devotos invocam a Rainha da Paz para aliviar conflitos. A construção do oratório foi realizada por vários operários e artistas, sob a coordenação da Irmã Ilze Mees.
Recanto Bom Pastor
No dia 2 de outubro de 1997, foi iniciado o recanto “Bom Pastor”. Irmã Ilze Mees, com a ajuda de alguns operários em rodízio, transformou o local atrás do Cenário Madre Paulina em um espaço de reflexão.
Foi instalado um lindo painel com a imagem do Bom Pastor, composto por azulejos pintados pela firma SARASÁ, de São Paulo, SP.
Outro painel exibe a seguinte oração: “Ouça o que o Senhor vai falar em seu coração: ‘Eu sou o Bom Pastor; conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem. Dou a vida por minhas ovelhas’ (Jo 10, 14-15). ‘Vou cuidar das minhas ovelhas: a ovelha perdida, eu a buscarei; a ferida, eu a curarei; a desgarrada, eu a reconduzirei; a doente, eu a restabelecerei. Darei a todos as abundantes pastagens’ (Ez 34, 15-16).”
No dia 26 de outubro, com tudo pronto, foi realizada uma oração especial, inaugurando mais um ponto para que todos possam usufruir deste espaço de silêncio, ouvir o murmúrio das águas e deixar-se tocar pelo Senhor.
Cenário Vivo da Vida de Santa Paulina
O cenário vivo apresenta várias cenas importantes da vida de Santa Paulina. Algumas cenas retratam sua vida em Vígolo Vattaro, Trento, Itália, até sua partida para a França no navio San Martin. Outras cenas são ambientadas em Vígolo, Nova Trento, SC, e em São Paulo, nos bairros do Ipiranga e Bragança. A apresentação termina com a cena da beatificação de Madre Paulina pelo Papa João Paulo II em Florianópolis, SC.
O cenário foi idealizado pela Irmã Maria Monfort, com a ajuda da Irmã Lígia Maria e outras irmãs da comunidade. O artista responsável foi o Sr. Francisco Minatti, irmão de nossa irmã Dásia (Magdalena Minatti). Para cobrir os custos de manutenção, é cobrada uma entrada, que ajuda a conservar o cenário por muitos anos. A inauguração ocorreu em 24 de dezembro de 1995, com a bênção do Padre Vicente Konzen, SJ, de Nova Trento, SC.
Velário
O velário, é um local dedicado ao acendimento de velas em honra à Bem-Aventurada Madre Paulina. A iniciativa partiu da Irmã Ilze Mees e da comunidade. A construção começou em 11 de maio de 1999, mas, devido a outras obras, o progresso foi lento. O velário foi inaugurado em 8 de julho de 1999, durante a Missa da comunidade, na véspera da festa de Madre Paulina. Apesar da chuva, houve uma procissão luminosa e as velas foram colocadas no local apropriado na capelinha. O Pe. Jeronimo Job realizou a oração de bênção.
Todos os presentes rezaram a oração da vela acesa, colocada em um painel pela Irmã Lígia Maria (Ana Mora).
A beleza do velário reside em sua localização, ao lado do Rio Alferes, próximo ao moinho onde as irmãs trabalhavam. Uma grande pedra serve como parede e altar, onde está a imagem de Madre Paulina.
Colina Madre Paulina
Em 1990, no centenário da Congregação, foi erguido um monumento de bronze de três metros de altura em homenagem à Madre Paulina, segurando uma cruz e uma enxada, simbolizando a oração e o trabalho árduo.
Após o Vaticano II, a terra foi vendida, mas o Sr. João Girolla e sua família doaram a subida e o cume da colina, onde foram colocados painéis de azulejos retratando cenas da vida de Amábile, Virgínia e Teresa, obra da Irmã Maria Monfort.
Em frente ao monumento, há uma placa comemorativa e, atrás, uma inscrição que destaca a dedicação de Madre Paulina ao trabalho e à oração, seguindo o exemplo de Jesus Crucificado.
Casebre
No ano de 1988, foi feita a réplica do casebre em frente ao local verdadeiro onde se encontra a Capelinha. Ao morrer a D. Angela Viviani (doente de câncer), a jovem Teresa Anna Maule se congrega as duas missionárias e formam o trio fundacional. Hoje, nesta casinha de 6x4m chamado “casebre”, se encontram documentos do nascimento, do batismo, crisma de Madre Paulina, bem como certidão de casamento dos pais, a foto da casa onde nasceu em Vígolo Vattaro – Trento – Itália. Há um quadro de São José (réplica do original), cama da cancerosa, uma foto do Sr. Benjamin Galotti (doador do casebre) e outros quadros. No lado externo uma placa com os dizeres: “Grandes ideias nasceram aqui”. Por que não fazemos um casebre onde possamos rezar, trabalhar, cultivar o espírito de outras meninas e ajudarmos os pobres doentes? (Amábile a virgínia).
Capela das Irmãs (antigo Casebre)
1988 – Local Histórico do Casebre
O casebre (6x4m) onde Amábile Lúcia Visintainer (Madre Paulina) e Virgínia Rosa Nicolodi (Irmã Matilde) entraram, num sábado nublado, 12 de julho de 1890, com a senhora Angela Viviani, doente de câncer em fase terminal. Com este gesto de caridade heroica, foi iniciada a obra da Imaculada, a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.
Foi neste solo sagrado que se registrou a primeira oração comunitária a São José. Nestes metros quadrados, o grão de trigo foi plantado, morreu, cresceu e frutificou. Com o tempo, o casebre foi transformado em uma capelinha de oração, conhecida como Capela das Irmãs, que permanece até hoje. Em março de 1988, a cena foi pintada pelo artista de Itajaí–SC, Sr. Walter Smykalla, sob a responsabilidade da Superiora Provincial, Irmã Maria Adelina da Cunha.
Placa Comemorativa:
“Aqui morreu a cancerosa e nasceu a Congregação!”
Monumento da Casa Paterna
O monumento da Casa Paterna, com a imagem da Virgem de Lourdes e o busto de bronze de Madre Paulina, foi erguido em 1965 para comemorar o centenário do nascimento de Amábile Lúcia Visintainer (1865-1965), hoje conhecida como Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Ao lado deste monumento, há um oratório (capitel) em honra de Nossa Senhora.
Placas Indicativas
“Aqui viveu Madre Paulina com seus pais de 1876 a 1890 – Casa Paterna”.
Placa Comemorativa:
“Amábile Lúcia Visintainer – Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, deixa neste local a casa paterna e dá início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição aos 12 de julho de 1890”.
No fundo do monumento, entre 1987 e 1998, foram feitos cinco painéis celebrativos, em desenho, com dizeres.
Painéis celebrativos
1º Painel: Pai e filha conversando. “Em 1876, vindo da Itália, Napoleone Visintainer com sua família instalou-se neste local. Aqui Amábile permaneceu até 1890”.
2º Painel: Amábile conversando com Virgínia no moinho de fubá: “Por que não fazemos um casebre para rezar, trabalhar e ajudar os pobres enfermos?”
3º Painel: Sonhos em noites consecutivas:
- 1ª noite: Amábile teve um sonho encantador. Surge uma lindíssima Senhora. A Senhora fala, mas Amábile não consegue entender uma palavra. Nesta angústia, acorda.
- 2ª noite: Amábile encoraja-se e ouve distintamente as palavras: “Desejo ardentemente que comeces uma obra – trabalharás pela salvação de minhas filhas.” – “Mas como, mãe, se não tenho meios e sou tão ignorante e miserável?” Nisto, acorda.
- 3ª noite: A mesma aparição, a belíssima Senhora pergunta: “Filha, que decidiste?” – “Servir-vos, minha querida Mãe, mas eu não sou ninguém…” – “Dar-te-ei uma pessoa que te ajude. Mais tarde mostrarei as filhas que quero confiar.”
4º Painel: “Padre Augusto Servanzi, SJ, confia aos cuidados de Amábile Visintainer e Virgínia Nicolodi a catequese, os doentes e a Capela de Vígolo”.
5º Painel: “12 de julho de 1890. Amábile, acompanhada por Virgínia, seu irmão Luigi e seu pai Napoleone Visintainer, leva a cancerosa para o casebre e lhe presta cuidados. Desse gesto de amor e doação, nasce a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição”.
Oratórios e Capitéis
No início do século XX, Nova Trento e arredores construíram diversos oratórios e capitéis à margem das estradas para inspirar devoção nos viajantes.
Em Vígolo, havia três oratórios dedicados à Nossa Senhora. Um foi demolido, outro está ao lado do monumento Madre Paulina, e o terceiro, construído por antigas irmãzinhas, estava abandonado. Com a recuperação dos terrenos adquiridos por Madre Paulina, o oratório dedicado à Nossa Senhora do “Piratelo” voltou às mãos das Irmãzinhas. O terreno foi limpo e os canais de água que movimentavam a tafona e o socador de arroz foram descobertos.
Atualmente, restam apenas o aqueduto, as valas e o canal de água. O moinho foi demolido. Com a posse do terreno, o oratório foi recuperado. Madre Vicência, Superiora Geral da Congregação da Imaculada Conceição, pediu duas imagens: Nossa Senhora do Pilar (Piratelo) e Nossa Senhora do Moinho, semelhantes às originais veneradas na Itália. Essas imagens se deterioraram com o tempo.
Em 1996, Irmã Célia Bastiana Cadorin trouxe réplicas dessas imagens da Itália. Em 1999, a imagem de Nossa Senhora do Moinho foi colocada em frente à igreja da família Nicolodi, e a de Nossa Senhora do Pilar no oratório na descida do Calvário, demolido em 2000.
As Irmãs ficaram muito felizes ao ver as imagens retornarem aos antigos oratórios e admirar a obra restaurada.
Gruta Capela de Lourdes
Padre Marcello Rochi comunicou aos vigolanos o grande desejo que sentia de intitular a capela de São Jorge como “NOVA LOURDES”. Todos concordaram e planejaram começar a gruta, desmoronando também as paredes laterais para construir o antigo Santuário, hoje, capela Nossa Senhora de Lourdes. O bom Padre Marcello dirigiu o trabalho da gruta com solidez, arte e gozo (cf. Madre Doróteia, I.c. pp. 21-22).
Em abril de 1888, chegou da França a imagem de Lourdes, que ficou na igreja de Nova Trento até 11 de fevereiro de 1889. Assim encontramos registrado no Diário della Rezidenza dos Padres Jesuítas: “Si cominció nella nostra Chiesa (Nova Trento) il mese de maggio. Predica il p. Rocchi dal pulpito grande. Fu messa all’altare maggiore la nuova statua della Madonna di Lourdes che prima della funzione fu benedetta solennemente da P. Misir” (cf. Diário della Residenza: 30. 041888 APSJBM).
Em 11 de fevereiro de 1889, depois de um tríduo de preparação, inauguraram a Gruta e colocaram nela a imagem da Virgem Imaculada de Lourdes (cf. M. Doroteia, I.c.p. 22).
Capela de Nossa Senhora de Lourdes
Durante o final do século XIX, a pequena capela de São Jorge em Vígolo estava em ruínas. Os moradores locais, conhecidos como vigolanos, decidiram construir uma nova igreja em honra de Nossa Senhora de Lourdes. Madre Doroteia relata que, após anos de trabalho árduo, conseguiram erguer a capela dedicada a Nossa Senhora de Lourdes.
O Diário “della Residenza” descreve em detalhes a bênção da nova capela, antigo santuário, em 11 de fevereiro de 1895. Desde cedo, uma grande multidão se reuniu para a festa da Virgem de Lourdes. O Pe. Manardi já estava presente desde a tarde anterior, e o Pe. Parisi chegou cedo para ajudar nas confissões. Mais tarde, os Padres Sabbatini e Rocchi também se juntaram. A missa foi cantada com o acompanhamento da banda de música de Nova Trento.
Após a bênção da nova capela, a estátua da Imaculada foi levada em procissão. Todas as Filhas de Maria das várias valadas estavam presentes. O Pe. Rocchi fez um breve discurso ao colocar a estátua no nicho da Gruta, e o povo respondeu com entusiasmo: “Evviva Maria”. Após o Evangelho, o Pe. Manardi pregou, e a missa foi seguida pela bênção do Santíssimo Sacramento.
Em 1990, a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, fundada por Madre Paulina e suas co-irmãs Matilde e Inês, celebrou seu centenário. Para preservar a memória de suas origens, enriqueceram o lugarejo de Vígolo, Nova Trento, com um monumento e um casebre simples. Em 1991, com a beatificação de Madre Paulina, o local começou a atrair muitos romeiros, que vinham agradecer a Deus pela intercessão de Madre Paulina e fazer seus pedidos. O fluxo de romeiros aumentou, exigindo uma infraestrutura adequada para acolhê-los, além de orientações e celebrações.
A figura da Bem-Aventurada Madre Paulina tornou-se o principal atrativo para as romarias e peregrinações, a ponto de Nossa Senhora de Lourdes ser desconhecida pela maioria dos romeiros como padroeira de Vígolo. O povo, em sua devoção, passou a chamar a igreja, onde se encontra a imagem de Madre Paulina, de “Santuário de Madre Paulina”. Esta imagem foi a primeira colocada no altar em 19 de outubro de 1991, um dia após a beatificação proclamada pelo Papa João Paulo II em Florianópolis.
Em 9 de julho de 1998, durante a festa litúrgica de Madre Paulina, Dom Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo de Florianópolis–SC, declarou oficialmente a igreja de Vígolo como “Santuário Madre Paulina”, até que o futuro santuário em honra da Bem-Aventurada Madre Paulina seja construído.