Já na manhã da Sexta-feira Santa, dia 03, a celebração do Pão e água, realizada às 5h, acolheu os fiéis que passaram pelo Santuário em peregrinação durante a madrugada. Às 8h foi realizada a Via Sacra no morro do calvário e a programação da manhã foi encerrada com uma celebração penitencial realizada às 11h, com o a proposta de motivar os fiéis ao exame de consciência e a posterior confissão.
Ainda na sexta-feira, foi realizada às 15h a Celebração da Paixão do Senhor, que reuniu mais de dois mil fiéis. A programação da sexta foi encerrada com o Ofício das trevas, realizado às 20h, que lembrou o período de escuridão que cobriu a terra após a morte de Jesus. O ambiente que estava iluminado apenas com velas e tochas ficou totalmente escuro na medida em que os salmos foram sendo cantados. Símbolos como uma grande cruz ao centro e pequenas cruzes entregues a cada participante no ofício, foram aliados a mantras católicos e ao forte som das matracas.
No Sábado Santo, dois Ofícios das dores marcaram o dia dos fiéis que passaram pelo Santuário. O momento recordava as sete dores vividas por Maria, à mãe de Jesus, na caminhada ao lado do Filho de Deus. Sete mulheres mães, cada uma carregando uma vela, representavam as dores de Maria, comparadas às dores das mães dos tempos atuais. Ao colocarem as velas no candelabro, cada uma recebia um abraço do celebrante e uma rosa que representava o apoio, às dores das tantas ‘Marias’ que passam pelo Santuário. Outras sete mulheres, proclamavam textos bíblicos, que citavam os momentos de maior dor vividos por Maria e, entre as leituras e o preenchimento do candelabro, no centro do presbitério, dois personagens causavam emoção, contemplando Maria, que segurava em seu colo Jesus já sem vida.
O Sábado Santo foi encerrado com a celebração mais importante do ano, a Vigília Pascal. Na parte externa do templo, apenas uma fogueira iluminava o local, o fogo novo acendia o Círio Pascal que vai ser aceso, em todas as celebrações, até o Dia de Pentecostes. Em procissão, com velas que foram acesas no círio, os fiéis adentraram ao Santuário para participar da celebração. Já no templo, também renovaram as promessas do batismo e foram aspergidos pela água batismal.
Já no Domingo da Ressurreição do Senhor quatro celebrações solenes foram realizadas ao longo do dia. Na ocasião, apenas famílias de regiões mais próximas participaram das celebrações. Foi o caso de Aparecida Terezinha Mantoaneli, 44, e o esposo Paulo Sebastião, 52, que moram em Brusque e vieram ao Santuário para participar da celebração das 10h. Após sofrer um grave acidente, Cida como é chamada pelos familiares e amigos, tornou-se devota de Santa Paulina e faz questão de participar no Santuário das principais celebrações do ano.
Para Ir. Andréia Godinho uma das irmãs organizadoras das celebrações, ver a emoção do povo é o que a motiva a continuar a serviço. A religiosa ainda destaca que embora seja uma semana muito intensa de trabalhos é extremamente gratificante preparar cada momento.
Procissões do Domingo de Ramos tiveram participação de muitos fiéis
Celebração da Paixão realizada na Sexta-feira Santa
Ofício das Dores emociou os fiéis
Vigília Pascal com a bênção do fogo novo e da água batismal
Celebrações do domingo da Ressurreição foram solenes no Santuário
Casal Aparecida e Paulo de Brusque, junto com a mãe de Paulo celebraram o domingo no Santuário
Equipe que celebrou a Semana Santa no Santuário