Nova Trento, 1895. Um pequeno núcleo de fé e caridade, gestado no coração da jovem Amábile Visintainer, estava prestes a florescer em uma obra de dimensão inestimável para a Igreja e para o Brasil: a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição (CIIC).
Neste ano, celebramos os 130 Anos dos Votos do Trio Fundacional, um marco de preparação, coragem e entrega total a Deus, que selou a profissão religiosa de Santa Paulina e suas primeiras companheiras.
A Missão e a Bênção Episcopal
A semente da Congregação já havia sido plantada, e o trabalho de Amábile e suas companheiras, Virgínia Rosa e Tereza Anna Maule, não passou despercebido pela autoridade eclesiástica. Em agosto de 1895, antes de deixar Nova Trento, Dom José de Camargo Barros, o Bispo da Diocese, recomendou a obra ao Padre Rossi, concedendo-lhe todas as faculdades necessárias para a preparação e a subsequente Profissão Religiosa das primeiras Irmãzinhas.
Para Amábile, Virgínia e Tereza, este foi o prenúncio de um mundo novo. Um universo de compromissos sagrados se abria: a definição dos votos, a escolha e confecção do hábito, e o nome oficial da Congregação, que as ligaria para sempre a Imaculada Conceição
O Hábito: Simplicidade e Devoção Mariana
A simplicidade e a profundidade espiritual pautaram a escolha do traje que se tornaria o símbolo visível do carisma da CIIC. O hábito eleito era extremamente simples, refletindo a humildade evangélica que sempre caracterizou Santa Paulina.
Consistia em uma túnica preta, semelhante à usada pelos Padres Jesuítas, a quem eles as consideravam filhas espirituais, e era cingido por um cinto de cor celeste. Esta cor não era um mero detalhe; era uma homenagem direta e carinhosa a Nossa Senhora de Lourdes, demonstrando a profunda devoção mariana que animava a nascente Congregação.
O “Sim” Solene: Nomes e Votos
O grande dia chegou. Na singela capela da Casa Mãe, localizada no que hoje é o CEIC (Centro de Espiritualidade Imaculada Conceição), a emoção pairava no ar.
No dia 7 de dezembro de 1895, o Padre Rossi realizou a bênção solene dos hábitos, véus e crucifixos. Em seguida, antes de receberem a Santa Comunhão – o ápice da união com Cristo –, as três fundadoras pronunciaram os Santos Votos de Pobreza, Castidade e Obediência, consagrando-se inteiramente a Deus para o serviço dos mais necessitados.
Como era costume da época, o ato de consagração veio acompanhado da mudança de nome, marcando o rompimento com a vida anterior e o nascimento para a nova identidade religiosa:
- Amábile Visintainer assumiu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
- Virgínia Rosa passou a ser Irmã Matilde da Imaculada Conceição.
- Tereza Anna Maule recebeu o nome de Irmã Inês de São José.
A partir deste dia, as Irmãzinhas iniciaram sua caminhada de fé, caridade e missão, que hoje se expande por diversos países, levando o evangelho e o cuidado aos mais frágeis.
Um Chamado que Ecoa: Diga Seu “Sim”
Há 130 anos, três jovens mulheres, tocadas pela necessidade dos doentes e amparadas pela fé inabalável, disseram um “Sim” radical que mudou suas vidas e a história da Igreja.
Hoje, o carisma da hospitalidade, da acolhida e da fé na Divina Providência, vivido por Santa Paulina, continua vivo e urgente. O mundo precisa de mais testemunhas de amor e de entrega incondicional.
Você, jovem mulher, sente o coração inquieto por algo maior?
Se a vida de Santa Paulina e o caminho da vida religiosa consagrada ressoam em sua alma, saiba que a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição está de portas abertas para acolher e discernir a sua vocação. A vida religiosa é uma aventura de fé, onde a felicidade é encontrada na doação diária.
Não tenha medo de dar o seu “Sim”!
Busque a orientação de Deus na oração, procure o seu pároco ou, melhor ainda, entre em contato com a equipe vocacional do Santuário Santa Paulina ou da CIIC. O chamado de Deus é um presente, e a resposta é um ato de amor que pode transformar o mundo.
Venha ser uma Irmãzinha! Venha servir a Jesus nos mais pobres!
